No último ano, Mato Grosso do Sul apresentou a menor taxa de trabalhadores sindicalizados desde o início da série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), conduzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada nesta sexta-feira (21).
Em 2023, do total de 1.430 mil pessoas ocupadas, apenas 5,8% (83 mil pessoas) estavam associadas a sindicatos, marcando uma queda de 20 mil trabalhadores sindicalizados em relação a 2022, quando eram 103 mil pessoas.
Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas de sindicalização foram registradas no Piauí (17,6%), Distrito Federal (13,5%) e Rio Grande do Sul (12,5%), enquanto as menores foram observadas no Amapá (4,3%), Rondônia e Amazonas (4,9%). Mato Grosso do Sul figura com a 7ª menor taxa de sindicalização.
Desde o pico de 189 mil sindicalizados em 2017, o estado tem visto uma tendência de declínio no número de associados a sindicatos, mesmo com o aumento da população ocupada. Em 2023, a taxa de sindicalização atingiu seu nível mais baixo, registrando 5,8%.
De 2012 a 2019, os homens tinham uma taxa de sindicalização superior à das mulheres em Mato Grosso do Sul, mas essa diferença tem diminuído ao longo dos anos. Em 2022, a taxa de sindicalização entre mulheres se igualou à dos homens, porém em 2023 os homens (6,1%) superaram novamente as mulheres (5,4%).
No Brasil, em 2022, 9,2% dos 99,6 milhões de pessoas ocupadas estavam sindicalizadas, marcando o menor contingente desde 2012, quando a taxa era de 16,1%. Em 2019, esse percentual era de 11,0% (10,5 milhões).
Participação em cooperativas também diminuiu
A participação em cooperativas também diminuiu ao longo dos anos em Mato Grosso do Sul. Em 2023, das 378 mil pessoas que eram empregadoras ou trabalhavam por conta própria, apenas 16 mil estavam associadas a cooperativas, comparado a 19 mil em 2022 e 16 mil em 2012.
No ranking das Unidades da Federação quanto à participação em cooperativas, Mato Grosso do Sul ocupa a 14ª posição, com 4,2%, enquanto o Rio Grande do Sul lidera com 8,37%, seguido por Rondônia, com 7,7%. O Piauí apresenta a menor taxa, com 1,4%.