No último domingo (13/10), um homem foi gravemente atacado por dois cães da raça pitbull enquanto caminhava por uma rua em Dourados, Mato Grosso do Sul. O incidente ocorreu por volta das 8h da manhã e resultou em lesões severas, incluindo a dilaceração de sua orelha, além de ferimentos na mão e cotovelo esquerdo. A vítima foi inicialmente socorrida e levada ao Hospital da Vida (HV), mas, em uma situação incomum, fugiu do hospital antes de completar o tratamento. Na manhã seguinte, o homem voltou a procurar ajuda médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), queixando-se de dores, sendo novamente atendido e liberado.
Esse incidente ressalta os riscos significativos de animais soltos nas vias públicas, um problema que pode acarretar sérios danos à segurança pública. No caso em questão, foi apurado que os cães escaparam do quintal da residência dos tutores antes de atacarem o pedestre. A rápida resposta de uma ONG local possibilitou a identificação dos proprietários dos animais, que se comprometeram a fornecer todo o suporte necessário para o tratamento da vítima.
Casos de ataques envolvendo cães, especialmente de raças como pitbull, trazem à tona a importância de uma responsabilidade maior dos tutores e a necessidade de medidas preventivas mais rígidas. Embora pitbulls sejam frequentemente apontados como cães potencialmente agressivos, especialistas ressaltam que o comportamento de qualquer cão está amplamente relacionado à criação, ao treinamento e à socialização que ele recebe. Entretanto, a combinação de porte físico forte e, em alguns casos, comportamento territorial, pode tornar esses cães perigosos quando não adequadamente controlados.
A legislação brasileira já prevê a obrigatoriedade de manter animais potencialmente perigosos sob controle, com o uso de coleiras, guias e focinheiras em locais públicos. No entanto, a fiscalização e o cumprimento dessas normas ainda são falhos em muitos locais. Este caso serve como um alerta não apenas para os donos de animais, mas também para as autoridades locais, que devem intensificar campanhas de conscientização e ações de fiscalização, prevenindo que incidentes como esse se repitam.