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Casal é preso tentando aplicar golpe em empresário de Dourados

Alessandro Soares e Francielle Ketelyn de Almeida prometiam liberar empréstimo de R$ 30 milhões da Caixa

Por Jornal Alerta Dourados em 03/10/2023 às 12:46:42

Adilson

Homem de 47 anos, identificado como Alessandro Soares, e a mulher dele, identificada como Francielle Ketelyn de Almeida, de 26 anos de idade, foram presos nesta segunda-feira (2) em Dourados. Eles são acusados de aplicar golpe em produtores rurais e empresários prometendo liberação de empréstimos milionários com juros baixos.


Para conseguir atrair as vítimas, o casal usava o nome da Caixa Econômica Federal e apresentava contratos fraudulentos com a marca do banco público. Na casa onde Alessandro e Franciele foram presos, no BNH 3º Plano, a Polícia Civil apreendeu um utilitário esportivo Jaguar E-Pace P300, ano 2018, avaliado em pelo menos R$ 500 mil.


O casal já vinha sendo investigado pela Polícia Civil após vários golpes contra produtores rurais e empresários da região. Desconfiados de que poderiam ser presos, Alessandro e Franciele se mudaram para outro estado, mas nos últimos dias retornaram a Dourados para novos golpes.


Nesta segunda-feira, o casal marcou encontro com um empresário em padaria localizada no cruzamento da Rua Monte Alegre com a Rua Pedro Celestino. A Polícia Civil foi informada e passou a monitorar a reunião.


Assim que a reunião terminou, uma equipe seguiu o casal, que estava em Fiat Uno prata, e outra ficou no encalço do homem que participava da reunião. Inicialmente, a suspeita era de que ele seria comparsa do casal, mas na verdade se tratava de mais uma vítima dos golpes.


Assim que deixou a padaria em uma caminhonete Dodge RAM, o homem foi abordado. Ele informou aos policiais que acabara de sair de uma reunião de trabalho com Alessandro, cujo tema era a liberação de empréstimo de R$ 30 milhões através de linha de crédito da Caixa para pessoa física, mas com juros de produtor rural, de 5,7% ao ano.


O empresário disse que o contato foi feito por Alessandro. Para a liberação do empréstimo milionário, ele teria de depositar R$ 110 mil.


Ainda segundo a vítima, o golpista afirmava que sua esposa era funcionária da Caixa e, por isso, conseguia liberar o empréstimo quase imediatamente através de "um contato de Brasília". Entretanto, o negócio teria de ser feito imediatamente, pois ocorreria mudança nos planos de crédito.


Atraído pela proposta "extremamente atrativa", o empresário concordou com o negócio e assim que saiu da padaria seguia até a agência onde tem conta, para fazer a transferência do dinheiro para a conta de Alessandro.


Os policiais, então, o informaram que ele estava caindo em um golpe. Após o empresário narrar a história, a polícia acionou a outra equipe, para que prendesse o casal. Alessandro e Francielle foram presos no momento em que entravam na casa, na Rua Aquidaban, no III Plano.


Segundo a história contada pelo empresário, o suposto financiamento seria liberado mesmo sem uma finalidade especifica. Entretanto, uma das hipóteses levantadas pelos estelionatários é de que ele teria de investir no ramo da energia solar. Apesar de tantas facilidades, o homem disse que só percebeu que estava caindo em golpe quando foi abordado pelos policiais.


Contratos


No escritório da residência onde Alessandro e Francielle moram, os policiais apreenderam contratos fraudulentos em nome da Caixa Econômica Federal assinados por várias pessoas. Uma funcionária do banco, arrolada como testemunha, afirmou à polícia que os contratos apresentados não se tratavam de documentos fornecidos pela Caixa ou por qualquer representante da instituição.


Com endereço em Londrina (PR), Francielle Almeida alegou ser correspondente da Caixa e que fazia projetos de desenvolvimento para agricultores conseguirem liberação de valores do banco. Alegou ainda que fazia o serviço para outros bancos, mas, na casa, foram encontrados documentos apenas da Caixa.


Alessandro Soares e Francielle foram autuados em flagrante por falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e estelionato na forma atentada. Eles estão recolhidos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).



Fonte: Campo Grande News

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