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Donas de ONG de proteção a animais são presas por maus tratos

Por Redação em 05/07/2024 às 13:01:14

Foto: Divulgação

As irmãs Paola de Sousa Brizueña e Natália de Souza Brizueña, donas da ONG (organização não-governamental) Instituto Guarda Animal, foram presas em flagrante por maus tratos de animais, nesta quinta-feira (4), em Campo Grande.


A prisão ocorreu após uma vizinha do abrigo de animais, localizado no bairro Chácara dos Poderes, procurar a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) relatando problemas no local. Segundo a denúncia, a ONG mantém pelo menos 236 cães em condições inadequadas, causando barulho, mau-cheiro e problemas de saúde à família da denunciante.


Equipe de investigadores foi enviada ao local para averiguar os fatos. Às 14h, a delegada, acompanhada por investigadores, peritos criminais e Vigilância Sanitária, fez inspeção na propriedade, onde foram constatadas diversas irregularidades, incluindo:


1. Acúmulo de dejetos, causando mau-cheiro e atraindo insetos.


2. Presença de moscas, mosquitos e larvas em piscina sem tratamento e em latas espalhadas no quintal.


3. Animais com parasitas, representando risco à saúde humana.


4. Vestígios de queima de lixo no quintal.


5. Descarte irregular de resíduos sólidos e medicamentos.


6. Omissão de cautela na guarda de animais ferozes.


7. Grande quantidade de animais com sarna, em ambiente inadequado.


8. Animais sem carteiras de vacinação ou com carteiras incompletas.


9. Gatos presos em um cômodo imundo, com larva de mosquito.


10. Fossa extravasando.


Com base nas evidências, as duas irmãs foram autuadas em flagrante por maus-tratos a animais e poluição ambiental. Foi solicitada a prisão preventiva das autuadas, considerando o histórico de envolvimento em situações semelhantes.


Outro lado


"Desde 2022, algumas ações foram fixadas pelo MP e cumpridas pelas protetoras. Agora, a situação de novas denúncias se repete. A gente tem tentado fazer um trabalho de conscientização. É algo muito sério. As meninas não têm incentivo público e tudo é feito através de doação. São muitas demandas, e com poucos recursos, nem tudo o que foi fixado pode ser cumprido no prazo estipulado", disse ao site Campo Grande News a advogada Vitoria Junqueira Cândia.

Fonte: Dourados Informa

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