A adolescente Karine Ferreira Isnarde, de 16 anos, encontrada morta na manhã de domingo (10/12), na aldeia Jaguapiru, em Dourados, apresentava marcas de asfixia e perfurações de faca nas partes íntimas. Horas depois do crime bárbaro, a polícia prendeu Claiton Benítez Gomes, de 19, que confessou ter matado a jovem, porém, negou a acusação de estupro.
Em depoimento à PC (Polícia Civil) o indígena contou que o assassinato aconteceu após a relação sexual que teve com o consentimento da vítima. Entretanto o corpo estava sem as vestimentas debaixo e apresentava sinais de asfixia e também de violência.
A Perícia Técnica esteve no local e encontrou lesões provocadas por facadas na região do ânus e ao lado do corpo, uma faca.
Diante das constatações, forças policiais iniciaram diligências em busca do suspeito sendo que através de uma roupa suja de sangue, foi possível apontar para Claiton, que foi localizado por lideranças da aldeia e entregue para a Polícia Militar.
Familiares relataram que a vítima e o autor estavam namorando há 15 dias. Antes mesmo da prisão de Claiton, o pai de Karine já havia apontado o namorado como principal suspeito. "Foi ele quem matou minha filha. Ele é uma pessoa muito ruim", disse.
Bebedeira
Conforme o relato de vizinhos, Karine e Claiton passaram a noite bebendo na companhia dos seus irmãos em uma das casas da aldeia Jaguapiru.
Durante o depoimento, o homem disse que ficou irritado após a namorada dizer que o "irmão transava melhor que ele", e, por isso, decidiu matá-la asfixiada e esfaqueada.
"A gente transou, aí depois que levantou, que começou a brigar, eu perdi minha cabeça", relatou o rapaz a jornalistas. Ele disse não se lembrar dos detalhes porque estava bêbado.
Segundo o delegado Erasmo Cubas, o suspeito foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio. Ele aguarda audiência de custodia em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto atendimento Comunitário) de Dourados.
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